Estudo indica que milhares de aplicativos no Google play podem estar a rastrear crianças de forma ilegal

Um novo estudo feito nos Estados Unidos constata que milhares de aplicativos infantis populares disponíveis no Google play, podem estar a violar normas de proteção de privacidade de crianças. 

No estudo foi feita a análise de quase 6000 dos aplicativos infantis gratis mais comuns e descobriu que a grande parte deles pode estar a violar a acta de proteção de privacidade online para crianças (COOPA). 

É um facto que a questão de recolha de dados para questões de marketing digital tecnologia tem sido uma preocupação desde longa data e este estudo vem apenas mexer numa ferida já existente. 

Os estudo constatou que mais de 1100 aplicativos infantis recolhem informações de identificação de crianças que os usam, “o pior foi que observamos que 19 porcento dos aplicativos de crianças recolhem identificadores e outras informações pessoalmente identificáveis via SDKs   cujos termos de serviço proíbem completamente o seu uso em aplicativos direccionados a crianças” declarou o estudo. 

De acordo com o estudo que levou o nome de “Won’t Somebody Think of the Children?”, milhares dos aplicativos testados recolhem sem a permissão dos pais, informações pessoais de menores inferiores a 13 anos de idade (o que é explicitamente proibido pela copa). Entre os aplicativos envolvidos, segundo o estudo, estão incluídos o “where is my water?” pertencente a Disney, “Duolingo” para aprendizagem de línguas e “minion rush” da gameloft. 

O estudo também indica que metade dos aplicativos testados não seguem quaisquer procedimentos racionais para a proteção da segurança integridade e a confidencialidade das informações particulares recolhidas de menores. 

O mais assustador é que, em media, cada um dos quase 6000 aplicativos teve mais de 750,000 instalações no Google play. 

Dr serge Egelman um dos participantes do estudo classifica este facto como uma “falha de mercado”, de acordo com aquele pesquisador que também é o director de pesquisas de segurança e privacidade no instituto internacional de ciência de computação na universidade de California, “as gritantes potenciais violações que nós descobrimos indicam que um trabalho básico de coação precisa ser feito”. 

A Google por outro lado afirmou, através do seu porta-voz estar a “levar o relatório dos pesquisadores muito a sério”. Segundo a empresa “Proteger menores de idade e suas famílias é a nossa maior prioridade, e o nosso programa, Designed for families, requer que desenvolvedores cumpram com os requerimentos específicos acima e alem das políticas padrão do Google play” 

De acordo com a Google se um aplicativo “viola as nossas políticas, nós iremos, levar medidas. Nós sempre estimamos o trabalho da comunidade de pesquisa que possa ajudar a fazer do ecossistema Android mais seguro”